
Depois de muitos atrasos e expectativa, finalmente o governo federal anunciou hoje (5) as bases do Rota 2030, novo regime automotivo que deveria ter sido anunciado na virada do ano, substituindo o Inovar-Auto. As novas regras, que definem metas e diretrizes para as montadoras e fabricantes de autopeças estabelecidas no país, foram sacramentadas em cerimônia em Brasília. Mas na prática o que queremos saber é: o que vai mudar daqui para frente?
Válido por 15 anos
As novas regras serão válidas por 15 anos, diferentemente do Inovar-Auto, que teve duração de cinco. Ao fim de cada ciclo, haverá uma revisão das metas obrigatórias de segurança veicular, eficiência energética, aumento de tecnologia embarcada e nacionalização de componentes por meio de pesquisa e desenvolvimento locais, dentre outros fatores.
Carros menos gastões e semiautônomos
Pelo novo plano os carros terão que ficar mais econômicos. Pelo novo regime as fabricantes de veículos estabelecidas no Brasil terão de aumentar a eficiência energética em pelo menos 11% até 2022.
Além disso, o regime prevê que em 2027 veículos fabricados aqui tragam tecnologias de assistência à direção, também conhecidas como sistemas semiautônomos, como frenagem automática de emergência e alerta de mudança de faixa, por exemplo.
O Rota também prevê a manutenção da etiquetagem veicular, programa hoje capitaneado pelo Inmetro, informando os clientes sobre o consumo de combustível e a eficiência energética dos veículos. Além disso, o regime automotivo prevê que sejam informados também os equipamentos de segurança instalados, "de uma maneira mais direta".
Híbridos e elétricos
O Rota 2030 também reduziu, mediante decreto, as alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos com propulsão elétrica ou híbrida, a fim de incentivar sua comercialização no país. Hoje, veículos elétricos recolhem até 25% do imposto e o percentual foi reduzido a pelo menos 7%. Com isso, vamos
Grana para quem já investiu
Os fabricantes que investiram em fábricas no país e/ou instalaram centros locais de pesquisa e desenvolvimento durante o Inovar-Auto serão reembolsadas do IPI adicional de 30 pontos percentuais recolhido na venda de veículos importados, antes de os mesmos começarem a ser produzidos aqui. O reembolso vai ocorrer por meio de créditos presumidos do imposto, no valor de aproximadamente R$ 300 milhões.
Quem não aderir...
O governo informa, ainda, que as empresas que não cumprirem as metas obrigatórias poderão ter sua habilitação para operar no país suspensa ou sofrer multa de até 2% sobre o faturamento no mês anterior à infração cometida.
- Fonte: WM1 /
- Autor: REDAÇÃO /
- Data: 06 julho 2018
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